China pousou em Marte

PorRoleta JoeyAtualizada14 de maio de 2021, 20h50 EDT

A China pousou seu primeiro par de robôs na superfície de Marte na sexta-feira, mídia afiliada ao estadoconfirmadonas redes sociais, tornando-se o segundo país a fazê-lo com sucesso depois de superar uma ousada sequência de pouso de sete minutos.A espaçonave Tianwen-1 do país ejetou o pacote rover-lander para um pouso em Marte por volta das 19h ET, iniciando uma missão para estudar o clima e a geologia do Planeta Vermelho.

A missão marca a primeira viagem independente da China a Marte, a cerca de 320 milhões de quilômetros da Terra.Apenas a NASA conseguiu pousar e operar rovers no planeta no passado.(A espaçonave Mars 3 da União Soviética pousou no planeta em 1971 e se comunicou por cerca de 20 segundos antes de escurecer inesperadamente.) A missão da China, envolvendo três espaçonaves trabalhando juntas, é ambiciosamente complexa para um novato - a primeira missão dos EUA, Viking 1 em 1976, envolveu apenas um módulo de pouso implantado de sua sonda.

O pouso ocorreu em Utopia Planitia, uma faixa plana de terra marciana e a mesma região onde a sonda Viking 2 da NASA aterrissou em 1976. robô motorizado em homenagem ao deus do fogo na mitologia chinesa antiga.O rover carrega um conjunto de instrumentos a bordo, incluindo duas câmeras, um radar de exploração de subsuperfície Mars-Rover, um detector de campo magnético de Marte e um monitor de meteorologia de Marte.

A espaçonave Tianwen-1 foi lançada do local de lançamento da espaçonave Wenchang, na província chinesa de Hainan, em 23 de julho do ano passado, iniciando uma jornada de sete meses até o Planeta Vermelho.O trio da espaçonave “funcionou normalmente” desde que entrou na órbita de Marte em fevereiro, disse a Administração Nacional do Espaço da China (CNSA) em comunicado na manhã de sexta-feira.Ele coletou uma “enorme quantidade” de dados científicos e tirou fotos de Marte enquanto estava em sua órbita.

Foto por Wang Zhao / AFP via Getty Images

O orbitador Tianwen-1, segurando o pacote de rover-lander, está vasculhando o local de pouso Utopia Planitia há mais de três meses, voando perto de Marte a cada 49 horas em uma órbita elíptica (um padrão orbital em forma de ovo), de acordo comAndrew Jones, um jornalista que cobre as atividades da China no espaço.

Agora na superfície marciana, o rover Zhurong embarcará em uma missão de pelo menos três meses para estudar o clima e a geologia de Marte.

“A principal tarefa do Tianwen-1 é realizar um levantamento global e extenso de todo o planeta usando o orbitador e enviar o rover para locais de superfície de interesse científico para realizar investigações detalhadas com alta precisão e resolução”, disseram os principais cientistas da missão.escreveu emAstronomia da Naturezaano passado.O rover de cerca de 240 kg é quase o dobro da massa dos rovers Yutu Moon da China.

Tianwen-1 é o nome da missão geral a Marte, em homenagem ao longo poema “Tianwen”, que significa “Perguntas ao Céu”.Ele marca o mais recente de uma rápida sucessão de avanços na exploração espacial para a China.O país se tornou a primeira nação da história apousar e operar um roverno lado oculto da Lua em 2019. Também completou umbreve missão de amostra lunarem dezembro do ano passado, lançando um robô para a Lua e devolvendo-o rapidamente à Terra com um esconderijo de rochas lunares para avaliação.

 Foto por STR/AFP via Getty Images

Mais recentemente, a China lançou o primeiro módulo central de sua estação espacial planejada, Tianhe, que servirá como alojamento para grupos de astronautas.O foguete que lançou aquele módulo gerou umsurto internacionalsobre onde na Terra ele pode reentrar.(Finalmentereinseridosobre o Oceano Índico, e grandes pedaços do foguete caíram a cerca de 30 milhas de uma ilha nas Maldivas, disse o governo chinês.)

Apesar dessa ambiciosa jornada a Marte com seu trio de três robôs, o foco da China parece estar fixado na Lua – o mesmo destino imediato do programa Artemis da NASA.No início deste ano, a Chinaplanos anunciadospara construir uma estação espacial lunar e base na superfície da Lua com a Rússia, parceira de longa data da NASA na Estação Espacial Internacional.